Perguntas Frequentes

  • Porquê uma operação para a obesidade?
    Porque se sabe que quando se chega a um determinado ponto na obesidade, não há método, regime ou plano de ação que sirva: somente a cirurgia. É simples. É possível que você tenha experimentado na pele: depois de uma "dieta maravilhosa," depois de ter-se submetido a diversos tratamentos, hoje tem o mesmo peso do que antes ou uns quilos a mais. Você não é a exceção; 98% dos grandes obesos que se submetem a um regime qualquer que seja, têm o mesmo peso ou mais ao cabo de um ano.
  • Para quê uma operação para a obesidade?
    A operação para a obesidade tem basicamente duas finalidades: a primeira é diminuir a sensação de fome que tem o doente obeso e a segunda, produzir uma sensação de plenitude, de "enchimento" com muito pouco alimento. Se a pessoa não tem fome e se sente satisfeita com muito pouca comida, invariavelmente perderá peso, porque o seu corpo utilizará a energia que tem acumulada como gordura e a usará no dia a dia.
  • Como se faz uma operação para a obesidade?
    A operação de obesidade se faz basicamente reduzindo a capacidade do estômago, em outras palavras, fazendo um estômago pequeno. Isto obtém-se cirurgicamente confeccionando um pequeno reservatório com o estômago, seja com corte, seja com grampos de titânio, seja com uma banda gástrica, de forma a que o doente tenha ao acabar a operação, um estômago à décima parte do estômago normal.
  • Poderei viver com um estômago tão pequeno?
    Sim e isto é importante. Uma pessoa pode viver mesmo que ingira menos calorias do que gasta o seu organismo, sempre e enquanto tenha reservas de gordura como as que possui um obeso. A base das operações é esta: que o doente coma pouco, não tenha fome e consuma as reservas de gordura do seu corpo.
  • Como é a operação?
    Há três tipos básicos de operações:
    A primeira chama-se derivação gástrica, que em inglês se denominam “Gastric Bypass”. Nesta operação, o pequeno estômago une-se ao resto do aparelho digestório mediante uma ponte (desvio, derivação ou bypass) do intestino. O resto do estômago continua vivo, com suas artérias, veias e nervos, conectado ao resto do aparelho digestório.
    A segunda chama-se gastroplastia vertical. Nesta não se mexe no intestino, senão que, mediante um sistema de grampos de titânio se forma um pequeno estômago na parte vertical do mesmo, e coloca-se um anel ou uma pequena banda na parte inferior para obstruir um pouco a passagem do alimento.
    Finalmente, a terceira chama-se banda gástrica ajustável e consiste na colocação de prótese de silicone ao redor da parte mais alta do estômago para formar um mini-estômago. A banda é inflada criteriosamente, permitindo calibrar a passagem do mini-estômago ao resto do aparelho digestório. Por isto chama-se banda gástrica ajustável. Esta operação tem como vantagem poder ser realizada por laparascopia, que como você sabe é chamada cirurgia de invasão mínima, onde o abdome não é aberto e opera-se através de incisões muito pequenas, de 5 a 10 milímetros de largura.
    Do ponto de vista técnico, há certas variantes de cada técnica e os especialistas em cirurgia da obesidade tentam constantemente melhorar e simplificar suas técnicas. O mais importante é que o cirurgião que realize estas operações tenha uma grande experiência em cirurgia do abdome, em particular cirurgia do estômago e intestinos, que tenha experiência na cirurgia dos doentes obesos e tenha experiência no manejo integral da obesidade.
  • A Cirurgia Laparoscópica reduz o risco?
    Não. As cirurgias laparoscópicas oferecem o mesmo risco que os procedimentos realizados na cirurgia aberta. Os benefícios das cirurgias laparoscópicas são: menos desconforto, cicatrizes menores, internação hospitalar mais curta e retorno muito mais rápido ao trabalho.
  • O médico colocará um dreno, após a cirurgia laparoscópica?
    A maioria dos pacientes usará um pequeno tubo para permitir a drenagem de quaisquer fluidos acumulados do abdome. Essa é uma medida de segurança e esse tubo geralmente é removido em alguns dias, após a cirurgia. Em geral, ele produz o mínimo de desconforto.
  • Como sei que sou candidato à cirurgia?
    Uma pessoa é candidata à cirurgia se tem um excesso de peso de 50% ou mais além do peso ideal, Índice de Massa Corporal maior de 35 com doença associada (diabetes, hipertensão, lesões nos ossos e articulações ou outras doenças limitantes) ou 40, independentemente de ter ou não alguma doença.
    Na atualidade utiliza-se, também, o estudo da percentagem de gordura corporal para decidir a operação; uma pessoa saudável deve ter de 14 a 23% de gordura no seu corpo, a mulher pode ter entre 17 e 27%. Quando a percentagem de gordura é muito alta, 45, 50 ou 60%, essa gordura no corpo seguramente afetará a saúde. Em todo caso, é conveniente consultar um especialista de cirurgia de obesidade para saber mais detalhes a respeito.
  • Que estudos são necessários antes da cirurgia?
    Além da história clínica detalhada que o cirurgião fará com todo o cuidado, é necessário fazer os estudos pré-operatórios que são:
    - Biometria hemática completa - Química sanguínea - Perfil de lipídios - Perfil hepático - Perfil tireóideo - Proteínas séricas - Insulina no sangue -Tempo de protrombina - Radiografia do tórax - Eletrocardiograma – Endoscopia Digestiva Alta - Ultrassonografia abdominal - Prova de Função Pulmonar.
    Em certas ocasiões, o cirurgião solicitará outros estudos para poder fazer uma avaliação completa. Não se deve esquecer que estas operações não são urgentes e que devem ser tomadas todas as precauções necessárias para oferecer o melhor a cada doente. Depois dos estudos de laboratório, o cardiologista fará uma avaliação cardiovascular e pulmonar, para avaliar o risco cirúrgico e o anestesista avaliará as condições do doente para a anestesia.
  • Qual é o objetivo de todos esses testes?
    É necessário realizar uma avaliação precisa de sua saúde, antes da cirurgia. É importante saber se a função de sua tireóide está adequada, pois o hipotireoidismo pode levar à morte súbita, durante o período pós-operatório. Se você for diabético, algumas providências especiais devem ser tomadas, para controlar o açúcar em seu sangue. Seu coração será totalmente avaliado, pois a cirurgia aumenta o estresse cardíaco. Esses testes determinarão se você apresenta mau funcionamento do fígado, dificuldades de respiração, excesso de fluido nos tecidos, anormalidades de sais ou minerais nos fluidos corporais ou níveis anormais de gordura no sangue.
  • Por que tenho de fazer uma avaliação gastrintestinal?
    Os pacientes que apresentam sintomas gastrintestinais significativos, como dor no abdome superior, azia, regurgitação azeda, etc., podem ter problemas subseqüentes, como uma hérnia hiatal, refluxo gastro-esofágico ou úlcera péptica. Por exemplo, muitos pacientes apresentam sintomas de refluxo. Até 15% deles podem apresentar mudanças prévias no revestimento do esôfago, que poderiam predispor esses pacientes ao câncer de esôfago. É importante identificar essas mudanças para que uma monitoração adequada ou programa de tratamento possa ser planejado.
  • Antes da consulta médica, o que posso fazer para acelerar o processo de preparação para uma cirurgia de obesidade?
    Ø Estabeleça com seu médico um relacionamento e trabalhe com ele para assegurar que seus testes de rotina para manutenção da saúde estejam atualizados.
    Ø Faça uma lista de todas as dietas que tentou (um histórico de dietas) e leve-a para seu médico.
    Ø Leve em sua consulta médica com o cirurgião bariátrico quaisquer dados médicos pertinentes - incluindo os relatórios de testes (ecocardiograma, estudo do sono, etc.) ou ficha da alta hospitalar, se você esteve internado.
    Ø Leve uma lista de seus medicamentos, descrevendo a dose e horário.
    Ø Pare de fumar. Pacientes cirúrgicos que usam produtos derivados de tabaco correm maior risco cirúrgico.
  • Que devo fazer antes da operação?
    A vida e a alimentação são normais até a noite anterior à operação. O anestesista colocará uma fina agulha numa veia do braço, para administrar soluções, soros, medicamentos e demais. Após tudo isto, passará à sala de operações.
  • Quanto tempo demora a operação?
    O tempo operatório oscila entre uma hora e meia e três horas, dependendo da dificuldade técnica de cada caso.
  • Quanto tempo tenho de permanecer no hospital?
    O tempo necessário para ser auto-suficiente. Embora possa variar, a hospitalização pode ser (incluindo o dia da cirurgia) 1-2 dias para uma banda laparoscópica, de 2 a 3 dias para gastroplastia laparoscópica e de 2 a 4 dias para a derivação gástrica pela técnica aberta.
  • Sentirei muita dor?
    São feitas todas as tentativas para controlar a dor após a cirurgia, para possibilitar que você se movimente rapidamente e fique ativo. Isso ajuda a evitar problemas e acelera a recuperação. Há vários métodos de controle da dor disponíveis, dependendo do tipo de seu procedimento cirúrgico.
  • Haverá muitas dores ao acordar?
    Não. Afortunadamente há dois grandes avanços neste sentido: o primeiro deve-se aos modernos medicamentos que o anestesista utiliza na operação, que permitem que o doente durma e acorde sem problema, sem tontura, sem náusea e sem ansiedade; o segundo deve-se aos novos medicamentos analgésicos, que permitem que a dor diminua notavelmente e quase desapareça. Por estas duas razões, o despertar da anestesia é tranquilo e o doente pode movimentar-se e caminhar em poucas horas depois de ter sido operado.
  • Que acontecerá depois?
    O cirurgião encarrega-se de que a ventilação e a hidratação do doente seja adequada e prescreve também três tipos de medicamentos: analgésicos para tirar a dor, antibióticos para prevenir o crescimento de micróbios e evitar uma possível infecção, e anticoagulante para "afinar" o sangue, para prevenir a formação de trombose nas veias. O mais importante é que, logo que o doente se recupere da anestesia, deve movimentar-se, sentar-se, levantar-se, caminhar e isto o fará sentir-se muito bem e dormir tranquilamente na noite da sua operação.
  • E depois?
    Dependendo da operação realizada o doente operado poderá, já no dia seguinte, ser encaminhado até a sala de Raios X, onde se faz uma radiografia do seu estômago; a partir desse momento inicia-se a sua alimentação podendo sair do hospital depois de algumas horas .
  • O que eu vou comer?
    O cirurgião, de comum acordo com a nutricionista, fará a indicação de forma clara e por escrito, como você vai se alimentar, sobretudo nos primeiros dias depois da operação. Vale a pena imaginar que o estômago recém operado é como o de um bebê, e tolera somente líquidos nos primeiros dias, seguidos de líquidos e papinhas ou purês, no mínimo três refeições ao dia. Cada caso é diferente e o cirurgião decidirá como avança a alimentação.
  • O que preciso fazer para ser bem-sucedido após a cirurgia?
    As regras básicas são simples e fáceis de seguir:
    Ø Imediatamente após a cirurgia de obesidade, seu médico lhe recomendará as diretrizes especiais de dieta. Você precisará seguir essas diretrizes rigorosamente. É necessário e importante dar tempo para obter a cicatrização apropriada de seu novo reservatório gástrico.
    Ø Quando puder ingerir alimentos sólidos, coma 2-3 refeições por dia e não mais. Proteína na forma de carnes magras (frango, peru, peixe) e outras fontes com baixo teor de gordura devem ser ingeridas primeiramente e constituir, no mínimo, a metade do volume da refeição ingerida. Os alimentos devem ser preparados sem gordura e temperados a gosto. Evite molhos, caldos, manteiga, margarina, maionese e alimentos ricos em calorias e de baixo valor nutritivo.
    Ø Nunca coma entre as refeições. Não consuma bebidas aromatizadas, nem refrigerantes entre as refeições.
    Ø Beba de 2 a 4 copos ou mais de água por dia. A água deve ser consumida lentamente, 1 a 2 goles de cada vez, devido ao efeito restritivo da cirurgia.
    Ø Faça exercícios aeróbicos todos os dias, no mínimo, durante 20 minutos (caminhada em ritmo rápido de 1,5 km, bicicleta, subida de escada, etc.). Exercícios com pesos/de resistência podem ser adicionados de 3 a 4 dias por semana, conforme instruído por seu médico.
  • Quando vou voltar à minha vida normal?
    Em todas as operações do abdome, em especial as do estômago, recomenda-se tradicionalmente um período de recuperação de pelo menos oito dias. No caso da cirurgia da obesidade, contanto que a pessoa obesa tenha cicatrização normal, a alta do hospital se faz em 24 a 72 horas (a hospitalização pode ser mais breve em casos de cirurgia laparoscópica); Não se devem fazer esforços grandes que possam machucar a ferida abdominal; aos sete ou oito dias será retirado o dreno (quando colocado) e entre 10 e 15 dias serão retirados os pontos da pele. O retorno á vida normal vai depender do tipo de operação realizada, se foi por via aberta ou vídeolaparoscópica, etc. E depende também o tipo de profissão e atividade que o paciente exerça. Em média, a vida sexual poderá voltar em duas semanas.
  • Quando poderei andar?
    Quase imediatamente após a cirurgia, os médicos pedirão que você se levante e dê uma volta. Os pacientes são incentivados a andar ou ficar em pé ao lado do leito, na noite da cirurgia, dar várias voltinhas no dia seguinte e assim por diante. Na saída do hospital, você conseguirá cuidar de todas as suas necessidades pessoais, mas precisará de ajuda para ir às compras, levantar e se transportar.
  • Em quanto tempo poderei dirigir?
    Para sua própria segurança, você não deve dirigir até parar de tomar os medicamentos narcóticos e conseguir se mover de maneira rápida e atenta o suficiente para parar seu carro, em especial no caso de uma emergência. Em geral, levam de 7 a 14 dias após a cirurgia.
  • Sentirei muita fome por não estar comendo muito após a cirurgia para perda de peso?
    A maioria dos pacientes diz que não. Na verdade, durante as primeiras 4-6 semanas, os pacientes quase não têm apetite. No decorrer dos vários meses seguintes, o apetite volta, mas não tende a ser voraz, do tipo "comer tudo que há no armário".
  • Quanto de peso será perdido?
    A perda inicial é de 8 a 12 quilos no primeiro mês, metade dos quais não corresponde à gordura, senão à água, porque a pessoa obesa retém muita água, que perde no primeiro mês; nos meses seguintes, a perda será de 3 a 5 quilos por mês até chegar um pouco acima do peso ideal.
  • O que é feito para minimizar o risco de trombose venosa profunda/embolia pulmonar ou TVP/EP?
    A terapia começa antes de um paciente ir para o centro cirúrgico, pois uma TVP origina-se na mesa de cirurgia. Geralmente, os pacientes são orientados a usar meias elásticas com compressão seqüencial e recebem um anticoagulante (“afinador de sangue”) antes da cirurgia. Essas duas terapias continuam, durante toda a hospitalização. A terceira principal medida preventiva é fazer com que o paciente caminhe o mais rápido possível após a cirurgia, para restaurar o fluxo sanguíneo normal nas pernas.
  • Qual é o impacto de meus problemas médicos sobre a decisão pela cirurgia de obesidade e como os problemas médicos afetam o risco?
    Problemas médicos, como problemas cardíacos ou pulmonares graves, podem aumentar o risco de qualquer cirurgia. Por outro lado, se forem problemas relacionados ao peso do paciente, também aumentarão a necessidade da cirurgia. Talvez os problemas médicos severos não impeçam o cirurgião de recomendar a cirurgia de derivação gástrica, mas essas condições aumentarão o risco operatório.
  • O que é uma hérnia e qual é a probabilidade de uma hérnia abdominal ocorrer após a cirurgia?
    Hérnia é uma fraqueza na parede do músculo, por meio do qual um órgão (geralmente o intestino delgado) pode avançar. Aproximadamente 20% dos pacientes operados de cirurgia bariátrica por via aberta desenvolvem hérnia que necessitará de correção cirúrgica.
  • A transfusão de sangue é necessária?
    Raramente. Em geral, é feita após a cirurgia para promover a cicatrização, se necessário.
  • O que são aderências? Elas se formam após essa cirurgia?
    Aderências são tecidos de cicatrização, que se formam dentro do abdome, após uma cirurgia ou lesão. As aderências podem se formar após qualquer cirurgia no abdome. Para a maioria dos pacientes, elas não são extensas o suficiente para causar problemas.
  • O que é síndrome do esvaziamento rápido?
    Consumir açúcares ou outros alimentos contendo muitas partículas pequenas, quando estiver com o estômago vazio, pode causar síndrome do esvaziamento rápido nos pacientes que se submeteram a uma gastroplastia com derivação gastro jejunal ou BPD, na qual o piloro do estômago é removido. Seu organismo lida com essas pequenas partículas diluindo-as em água proveniente da circulação, desta forma reduzindo o volume sanguíneo e causando uma sensação de estado de choque. O consumo de açúcar também pode induzir o choque insulínico, devido à fisiologia alterada de seu trato intestinal. O resultado é uma sensação muito desagradável: você começa a suar frio, fica pálido e com o pulso acelerado. Cólicas e diarréia podem ocorrer em seguida. Esse estado pode durar de 30 a 60 minutos e ser muito desconfortável - talvez você tenha de se deitar até que passe. Essa síndrome pode ser evitada não comendo alimentos que causem essa reação, especialmente com o estômago vazio. Às vezes, uma pequena quantidade de doces, como fruta, pode ser bem tolerada, ao final de uma refeição.
  • Como posso saber se não vou continuar perdendo peso até sumir?
    Talvez os pacientes comecem a imaginar isso, logo após a cirurgia, quando estão perdendo 10-20 kg por mês, ou quando perderem mais de 50 kg e ainda estiverem perdendo peso. Duas coisas acontecem para permitir que o peso se estabilize. Primeiro, as necessidades metabólicas contínuas de um paciente (calorias queimadas) diminuem, à medida que ele perde os quilos excessivos. Segundo, há um aumento progressivo natural na ingestão de calorias e nutrientes, ao longo dos meses após a cirurgia para perda de peso. A bolsa do estômago e o intestino delgado ligado aprendem a funcionar melhor juntos; além disso há alguma expansão no tamanho da bolsa, no decorrer de um período de meses. A linha de base é que, na ausência de uma complicação cirúrgica, é improvável que os pacientes percam peso a ponto de apresentar má nutrição.
  • O que é isso de "controle de rotina em pós operatório"?
    O controle e seguimento pós-operatório é um dos pontos mais importantes na cirurgia da obesidade, de forma que vale a pena fazer um comentário a respeito. Se um cirurgião vê um doente com pedras na vesícula, por exemplo, e o opera, ao fazê-lo elimina o problema e o doente está por assim dizer, curado. Mas, se o doente é obeso, ao acabar, a operação continua sendo obeso e é necessário o seguimento e controle por parte do cirurgião para que os resultados sejam melhores. Neste sentido, a cirurgia da obesidade parece-se à cirurgia de transplantes; um transplante pode ter êxito, mas o doente transplantado tem que continuar vendo o médico para saber como evoluiu, para prevenir problemas de rechaço, para ajudá-lo a reabilitar-se totalmente. A isto refiro-me quando falo de seguimento e controle. O doente operado deve vir à consulta pelo menos quatro vezes durante o primeiro ano, depois a cada seis meses.
  • E como será a famosa vida nova?
    Como falamos no início, o objetivo de uma operação de obesidade é diminuir a sensação de fome e causar uma sensação de plenitude ou "enchimento" com pouco alimento. A vida nova que deve ter o doente obeso operado consiste na mudança de hábitos pouco saudáveis por hábitos sadios. Não haverá dietas, mas é preciso que o doente aprenda a comer como uma pessoa magra, e aprenda a desfrutar da comida (ironicamente, muitos poucos obesos sabem desfrutar da comida quando são obesos, porque engolem os alimentos, deglutem sem mastigar e não os saboreiam). Por outro lado, a Vida Nova do doente operado inclui atividades físicas, tão simples como caminhar uma hora diária, para que seus músculos se movimentem, seu corpo fique mais ágil, recupere a sua elasticidade e o vigor que tinha perdido com a obesidade. Finalmente, a Vida Nova significa uma forma otimista e positiva de ver, a cada dia, um novo projeto vital, uma nova série de êxitos em cada fase da existência: na vida pessoal, na vida íntima, na vida afetiva, na vida familiar e profissional. Isto é Vida Nova. Sabemos que a auto-estima do doente obeso está deformada ou ausente, mas sabemos que, depois da cirurgia, esta auto-estima pode ser recuperada e fazer com que a pessoa se ame, se respeite e cuide de si própria e que confirme, dia-a-dia, que a prioridade da sua vida é ela mesma.
  • Por que os exercícios são tão importantes?
    Ao passar por um procedimento de cirurgia para perda de peso, você perde peso porque a quantidade de energia dos alimentos (calorias), que você consegue ingerir, é muito menor do que seu organismo precisa para funcionar. O organismo tem de compensar a diferença, queimando as reservas ou tecidos não-utilizados. Seu organismo tende a queimar qualquer músculo não-utilizado, antes de começar a queimar a gordura que acumulou. Se não se exercitar diariamente, seu organismo consumirá seus músculos não-utilizados e você perderá a massa muscular e força. Os exercícios aeróbicos diários, durante 20 minutos, comunicarão seu organismo que você quer usar seus músculos e força-o a queimar as gorduras em lugar de massa muscular.
  • Qual é a quantidade certa de exercícios após a cirurgia para perda de peso?
    Muitos pacientes hesitam sobre fazer exercícios após a cirurgia, mas esse é um componente essencial para o sucesso, após a cirurgia. Na verdade, os exercícios começam na tarde da cirurgia bariátrica - o paciente deve estar fora do leito e caminhando. A meta é andar mais no dia seguinte e progressivamente mais, a cada dia depois disso, incluindo nas primeiras semanas em casa. Em geral, os pacientes são liberados das restrições médicas e incentivados a começar os exercícios, aproximadamente duas semanas após a cirurgia, sendo limitados apenas pelo nível de desconforto da ferida. O tipo de exercício é determinado pela condição geral do paciente. Alguns pacientes que apresentam problemas severos no joelho não podem andar bem, mas conseguem nadar ou pedalar. Muitos pacientes começam com formas de exercício de baixa tensão e são incentivados a progredir para atividades mais vigorosas, quando conseguem.
  • E se não posso vir às consultas?
    Sempre se poderá manter o contato com o cirurgião através do telefone, correio, fax, ou o correio eletrônico. Muitos doentes operados, em especial os que vivem no interior do país ou no exterior, comunicam-se desta forma e assim podem estar em contato e fazer um melhor seguimento do seu caso.
  • Terei desnutrição?
    Não se fizer uma alimentação adequada, dieta, sem excessos, a nutrição será completa e não haverá desnutrição. Alguns doentes necessitam vitamina A, complexo B ou ferro, mas cada caso é diferente e deve ser manejado individualmente.
  • Posso ficar grávida após a cirurgia para perda de peso?
    É recomendado que as mulheres esperem, no mínimo, um ano após a cirurgia, antes de ficarem grávidas. Aproximadamente um ano após a cirurgia, seu corpo estará bem estável do ponto de vista de peso e nutrição e você conseguirá ter uma gravidez normal. Você deve consultar seu cirurgião, ao planejar a gravidez, pois há necessidade de tomar vitaminas extras por conta do estado gravídico.
  • Poderei ter filhos?
    Claro que sim. Um grupo de doentes obesas já tinha tido filhos e procriaram outros depois de diminuir de peso. Outro grupo não pudera engravidar devido à sua obesidade, que ao desaparecer permitiu que tivessem bebês sadios. Da mesma maneira, alguns homens são estéreis devido á sua obesidade e, em alguns casos a infertilidade se cura com a perda de peso.
  • O que posso fazer para prevenir o excesso de pele flácida?
    Muitas pessoas, pesadas o suficiente para atender aos critérios cirúrgicos da cirurgia bariátrica, esticaram sua pele além do ponto em que pode "voltar ao normal". Alguns pacientes escolherão fazer uma cirurgia plástica, para remover a pele flácida excessiva, após terem perdido seu excesso de peso. Em geral, o convênio não cobre este tipo de cirurgia (freqüentemente vista como cirurgia estética). No entanto, alguns convênios pagam por determinados tipos de cirurgias, para remover a pele excessiva, quando ocorrem complicações devido a esse excesso de dobras cutâneas.
  • Exercícios ajudarão em relação ao excesso de pele flácida?
    Exercícios são bons de qualquer maneira, que um programa de exercícios regulares será recomendado. Infelizmente, a maioria dos pacientes ainda pode continuar com sobras de pele flácida.
  • Qual a melhor operação?
    Não há uma operação melhor que a outra, as técnicas que aqui mostramos são as que provaram a sua eficácia nas mãos dos melhores cirurgiões de obesidade do mundo. Não existe a "operação ideal", mas qualquer destas, quando bem realizada, deve dar os resultados esperados.
  • Poderei fumar ou tomar bebidas alcoólicas?
    Dentre os problemas que impedem ou atrasam a cirurgia da obesidade está o tabagismo, por uma razão: todos os doentes obesos têm uma grande limitação de sua respiração, porque seus pulmões e seu tórax estão aprisionados pela gordura, gordura do peito, dos ombros, dos braços, etc. Por isto, alguns têm que dormir com travesseiros ou sentados. Se além da obesidade o paciente fumar, seus pulmões estarão ainda mais prejudicados. Nós nunca proibiremos o cigarro, mas sempre aconselharemos quem fuma que avalie bem os "benefícios" de fumar e os danos que este vício pode causar. Em relação ao álcool, seu consumo não será proibido, mas neste caso é importante que o doente obeso operado beba com moderação e sem prejudicar o seu organismo. Além disso, deverá lembrar-se que há muitas calorias ocultas nas bebidas alcoólicas.
  • Terei que parar de fumar?
    Os pacientes são incentivados a parar de fumar, no mínimo, um mês antes da cirurgia.
  • Se eu continuar fumando, o que acontece?
    Após a cirurgia, o tabagismo aumenta o risco de problemas no pulmão, pode reduzir o índice de cicatrização, aumenta os índices de infecção e interfere na irrigação sangüínea para os tecidos em cicatrização.
  • Poderei beber bebidas alcoólicas?
    Você achará que até pequenas quantidades de álcool lhe afetarão rapidamente. Sugerimos que você não ingira bebidas alcoólicas durante o primeiro ano. Depois disso, com a aprovação de seu médico, poderá tomar um cálice de vinho ou um pequeno coquetel.
  • Necessitarei orientação nutricional?
    Todos os doentes obesos requerem uma orientação nutricional e é conveniente que seu médico tenha o apoio de nutricionistas e nutrólogos que ajudem na mudança e controle saudável da alimentação. Não esqueça, depois da cirurgia não haverá dietas, mas uma alimentação balanceada e sadia.
  • Receberei orientação da alimentação sugerida e opções de alimentos após a cirurgia?
    A equipe multidisciplinar fornecerá aos pacientes materiais que definem claramente suas expectativas em relação à dieta de conformidade com as diretrizes, para obter os melhores resultados, com base em procedimento cirúrgico escolhido. Após a cirurgia, a saúde e a perda de peso dependem muito da conformidade do paciente com essas diretrizes. Você deve fazer sua parte, restringindo os alimentos de altas calorias, evitando o açúcar, petiscos e gorduras, bem como seguindo rigorosamente as diretrizes estabelecidas por seu cirurgião.
  • Necessitarei orientação psicológica?
    Uma parte muito importante da atuação do cirurgião de obesidade e seu grupo é a avaliação psicológica e o apoio ou orientação psicológica em cada paciente. A experiência indica que a maior parte dos doentes não tem graves problemas psicológicos como causa de sua obesidade, mas como consequência da mesma, ou seja, os conflitos emocionais não causaram sua obesidade, mas sua obesidade provocou conflitos emocionais. Se há um grave problema psicológico, deve-se propor a operação somente depois de se encontrar a causa e de se iniciar a solução; no nosso grupo contamos com psicólogos e psiquiatras e psicoterapeutas de enorme experiência. Além disso, é preciso lembrar que o apoio psicológico da família, dos amigos e do grupo cirúrgico é importante, já que todos desejam ajudar o paciente obeso.
  • Por que tenho de fazer uma avaliação psiquiátrica?
    O psiquiatra avaliará seu entendimento e conhecimento sobre os riscos e complicações associadas à cirurgia para perda de peso e sua capacidade em seguir o plano básico de recuperação.
  • Eu poderia conversar com outros doentes operados?
    Claro que sim. A CliLeal conta com uma lista de pacientes operados de obesidade que concordam em conversar com você. Além disto, realizamos reuniões periódicas com os pacientes “candidatos” aos procedimentos junto com pacientes já operados.
  • Terei que mudar meus medicamentos?
    Seus médicos determinarão se os medicamentos para pressão sanguínea, diabetes, etc. poderão ser eliminados, quando as condições para as quais eles são tomados melhorarem ou forem solucionadas, após a cirurgia para perda de peso. Para os medicamentos que precisarem ser continuados, a vasta maioria deles pode ser engolida e absorvida da mesma maneira que antes da cirurgia. Geralmente, não é necessário mudar a dose. Duas classes de medicamentos, que devem ser usados apenas sob recomendação de seu cirurgião, são diuréticos e anti-inflamatórios. Estes podem causar úlceras no pequeno estômago ou no intestino ligado. A maioria dos medicamentos diuréticos provoca perda de potássio pelos rins. Como a maioria dos pacientes de cirurgia bariátrica reduz a absorção de alimentos, eles não conseguem retirar potássio suficiente do alimento para compensar essa perda. Se o nível de potássio ficar muito baixo, isso pode causar problemas cardíacos fatais.
  • Por quanto tempo não comerei alimentos sólidos após a cirurgia de obesidade?
    A maioria dos cirurgiões bariátricos recomenda um período de quatro semanas ou mais sem alimentos sólidos, após a cirurgia para perda de peso. Uma dieta de líquidos, seguida por alimentos semi-sólidos ou alimentos amassados, pode ser recomendada durante certo período de tempo, até a cicatrização adequada ter ocorrido. Seu cirurgião lhe fornecerá as diretrizes específicas para a dieta, a fim de obter o melhor resultado pós-cirúrgico.
  • Como posso ter certeza de que estou comendo proteínas suficientes?
    Geralmente, de 40 a 65 gramas por dia são suficientes. Verifique com seu cirurgião a quantia certa para seu tipo de cirurgia.
  • Quais são as melhores opções de proteína?
    Carne, ovos, queijo com baixo teor de gordura, tofu, soja, peixe e outros frutos do mar, frango, peru.
  • Por que beber tanta água?
    Quando estiver perdendo peso, haverá muitos resíduos a serem eliminados, principalmente na urina. Algumas dessas substâncias tendem a formar cristais, que podem causar pedras nos rins. Um grande consumo de água lhe protege e ajuda seu organismo a se livrar eficazmente dos resíduos, promovendo uma melhor perda de peso.
  • Há algum problema em consumir derivados de leite?
    O leite contém lactose (açúcar do leite) que não é bem digerida. Este açúcar não digerido é transportado até às bactérias, localizadas no intestino inferior, que agem nele produzindo subprodutos e gases. Dependendo da tolerância de cada um, algumas pessoas acham que até a menor quantidade de leite pode causar cólicas, gases e diarréia.
  • Por que eu não posso lambiscar entre as refeições?
    Petiscar, beliscar ou lambiscar alimentos, geralmente alimentos ricos em calorias e gorduras, pode adicionar centenas de calorias por dia ao seu consumo, acabando com o efeito restritivo de sua cirurgia. Petiscar diminuirá a velocidade de sua perda de peso e poderá levar à recuperação de peso.
  • Posso comer carne vermelha após a cirurgia?
    Você pode, mas precisará ser muito cuidadoso. Recomendamos que evite esse tipo de carne, durante os primeiros meses. Carnes vermelhas contêm um alto nível de fibras que mantêm o pedaço de carne inteiro, impedindo que você o separe em pequenas partes ao mastigar e, desta forma, podendo obstruir a saída do seu pequeno estômago e impedir qualquer coisa de atravessar. Esta situação é muito desconfortável e deve ser evitada. Converse sempre com sua nutricionista.
  • Há alguma restrição para o consumo de sal?
    Não, seu consumo de sal será inalterado, a menos que instruído de outra maneira por seu médico de tratamento.
  • Poderei comer alimentos "apimentados" ou temperados?
  • Precisarei de suplementos de vitaminas?
    Às vezes, injeções de B12 são sugeridas uma vez ao mês, durante o primeiro ano e seis meses depois disso. E de ferro, também, de acordo com o caso clínico e necessidade, avaliados pelo cirurgião e ou médico clínico da equipe multidisciplinar.
  • Quais vitaminas eu precisarei tomar após a cirurgia?
    A maioria dos cirurgiões recomenda uma multivitamina diária para o resto de sua vida.
  • É importante tomar cálcio, ferro, microelementos ou submeter-se à reposição hormonal?
    Alguns pacientes requerem esses complementos, mas sua necessidade pode ser determinada pela equipe multidisciplinar.
  • Há alguma diferença no resultado da cirurgia de obesidade entre homens e mulheres?
    Em geral, tanto homens quanto mulheres respondem bem a essa cirurgia. Geralmente, os homens perdem peso um pouco mais rápido que as mulheres.
  • Qual é a idade mínima que uma cirurgia para perda de peso é recomendada
    Geralmente, as diretrizes aceitas pela Sociedade Americana para Cirurgia Bariátrica e Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos indicam a cirurgia apenas para pessoas com 18 anos de idade ou mais. A cirurgia já foi realizada em pacientes de 16 anos ou menos. Há uma grande preocupação de que pacientes jovens possam não ter atingido o total desenvolvimento ou maturidade emocional, para tomar este tipo de decisão. É importante que os pacientes jovens tenham um total entendimento do comprometimento ao longo da vida com a alimentação alterada e as mudanças de estilo de vida necessárias para o sucesso. Em pacientes que se encontram na fase de desenvolvimento/crescimento, deve-se optar por procedimentos restritivos puros.
  • Qual é a maior idade para que uma cirurgia para perda de peso possa ser recomendada?
    Os pacientes acima de 65 precisam de indicações muito fortes para a cirurgia e, além disso, devem atender aos rigorosos critérios de cuidados médicos. O risco da cirurgia nessa faixa etária é aumentado e os benefícios em termos de risco de mortalidade são reduzidos. Lembre-se que a idade por si só não é fator determinante para operar ou não. Devemos estudar caso a caso.
  • A cirurgia para perda de peso pode prolongar minha vida?
    Há boas evidências em pesquisas científicas que, se você apresentar diabetes tipo 2, dislipidemias, hipertensão arterial e outras condições de saúde agravadas pela obesidade, se você se propuser a fazer as mudanças no seu estilo de vida (exercício diário e dieta com baixo consumo de gordura), a cirurgia para perda de peso poderá prolongar sua vida significativamente.
  • A cirurgia para perda de peso pode ajudar em outras condições físicas?

    De acordo com pesquisas recentes, a cirurgia para perda de peso pode melhorar ou solucionar as condições de saúde associadas.

     

     

    Condição Porcentagem encontrada nos indivíduos antes da cirurgia % Cura 2 anos pós op

    Diabetes ou resistência à insulina

    34%

    85%

    Pressão sanguínea alta

    26%

    66%

    Triglicérides alto

    40%

    85%

    Apnéia do sono

    22%  homens, 1%  mulheres

    40%


  • Qual é a eficácia da cirurgia para perda de peso?

    O peso real que um paciente perderá, após o procedimento, depende de diversos fatores, incluindo:

    - Idade  
    - Peso antes da cirurgia
    - Condições gerais de saúde 
    - Procedimento cirúrgico realizado
    - Capacidade para exercícios
    - Compromisso em seguir as diretrizes para dieta e outros cuidados de seguimento
    - Motivação e cooperação da família, amigos e associados

    Em geral, o sucesso da cirurgia de obesidade é definido como atingir a perda de 50% ou mais do excesso de peso corporal e manter esse nível por, no mínimo, cinco anos. Os dados clínicos variarão para cada um dos diferentes procedimentos para perda de peso mencionados neste site. Os resultados também podem variar de acordo com o cirurgião bariátrico. Peça a seu médico os dados clínicos que declaram seus resultados para o procedimento que estiver recomendando.

    Estudos clínicos demonstram que, após a cirurgia de obesidade, a maioria dos pacientes perde peso rapidamente e continua perdendo até 18 a 24 meses, após o procedimento. Os pacientes podem perder  de 30 a 50% de seu excesso de peso, nos primeiros seis meses, e 70% ou mais em 12 meses após a cirurgia. Um outro estudo demonstrou que os pacientes podem manter uma perda de 50-60% do peso excessivo, de 10 a 14 anos após a cirurgia de obesidade. Os pacientes apresentando Diabetes tipo 2 tendem a obter menor perda geral de peso excessivo que os pacientes sem Diabetes Tipo 2. A cirurgia foi considerada eficaz na melhoria e controle de muitas condições de saúde relacionadas à obesidade. Um estudo realizado em 2000, em 500 pacientes, demonstrou que 96% de determinadas condições de saúde associadas estudadas (dor nas costas, apnéia do sono, pressão sanguínea alta, diabetes e depressão) foram melhoradas ou solucionadas. Por exemplo, muitos pacientes apresentando Diabetes Tipo 2, embora obtendo menor perda de peso excessivo, demonstraram excelente solução de sua condição diabética, a ponto de ter pouca ou nenhuma necessidade de continuar com a medicação.

  • E se eu tiver me submetido a um procedimento cirúrgico para perda de peso anteriormente e agora estiver tendo problemas?
    Entre em contato com seu cirurgião original - ele ou ela está mais familiarizado com seu histórico médico e pode fazer as recomendações com base no conhecimento de seu procedimento cirúrgico e organismo.
  • Como o convênio pode negar o pagamento para uma doença que ameaça a vida?
    Atualmente, a maioria dos convênios de saúde autoriza a cirurgia bariátrica e cobre os custos hospitalares dos procedimentos. Cada um tem sua política própria e um roteiro de procedimentos.
    O pagamento pode ser negado, pois talvez haja uma exclusão específica em sua política quanto à cirurgia de obesidade ou "tratamento de obesidade". Você pode entrar com recurso para este tipo de exclusão quando o tratamento cirúrgico for recomendado por seu cirurgião bariátrico, seu clínico e/ou endocrinologista, como sendo o melhor tratamento para suavizar as condições de saúde relacionadas à obesidade e que ameaçam a vida.
    A aprovação do convênio também pode ser negada por falta de "necessidade médica". Um tratamento é considerado necessário quando for preciso tratar uma condição grave ou que ameace a vida. No caso da obesidade mórbida, tratamentos alternativos - dieta, exercícios, mudança de comportamento e alguns medicamentos - são considerados disponíveis.