Demais Operações

  • CIRURGIA VIDEO LAPAROSCÓPICA NA APENDICITE AGUDA

          A cirurgia do apêndice (apendicectomia) continua sendo uma das intervenções mais realizadas pelo cirurgião geral. Nos Estados Unidos, são afetuadas cerca de 550.000 apendicectomias por ano, 54% das quais motivadas por apendicite aguda.

          A apendicite aguda, na forma clássica, é facilmente diagnosticada; entretanto, nas crianças, idosos e principalmente na mulher jovem o diagnóstico pode se tornar difícil . Nos melhores serviços a exploração é negativa em 15-20% da população; na mulher esta falha chega a 30-45%. A videolaparoscopia tem também a finalidade diagnóstica, evitando-se as laparotomias brancas ou com diagnóstico incorreto.
  • DIAGNÓSTICO
          Além do minucioso exame clínico e laboratorial, com leucometria global e específica, a ultrassonografia (US) tem aumentado em muito o acerto diagnóstico nos casos atípicos. Este acerto varia de serviço para serviço e está ao redor de 85% - 90% . A tomografia poderá ser realizada em casos selecionados.
  • TÉCNICA CIRÚRGICA
    * Anestesia geral *
          O cirurgião fica à esquerda do paciente, colocado em decúbito dorsal. Após uma incisão de 1cm na parte superior ou inferior do umbigo é feito pneumoperitônio de 12 – 14mmHg com CO2, de preferência com insuflador que aqueça o gás. A seguir, é introduzido um trocarte de 10-11mm, por onde passa a ótica previamente conectada à microcâmera proporcionando uma visão ao cirurgião de toda cavidade abdominal que deverá ser cuidadosamente inspecionada, observando-se detalhadamente a região íleo-cecal.
          Uma outra incisão de 10mm é feita acima do púbis a 2 cm da linha hemiclavicular esquerda, com a introdução de outro trocarte de 10-11mm, para onde a ótica é transferida. Uma incisão de 5mm é feita à direita, 2 cm acima da prega inguinal, ao nível da linha axilar anterior, por onde entra um trocarte de 5mm. Para a realização do trabalho o cirurgião utiliza o trocarte umbilical e o de 5 mm. Às vezes, é necessário o emprego de mais um trocarte de 5 mm na fossa ilíaca direita.
          A mesa cirúrgica é colocada em posição de Trendelenburg e lateral esquerda. O apêndice é isolado e seu meso dissecado. A ligadura do meso pode ser feita com “stapler”, clip de titânio, bisturi bipolar ou bisturi ultrassônico. O mais barato e com a mesma eficácia é o bisturi bipolar. O apêndice é ligado duplamente com uma alça própria de catgut cromado ou poliglicólico (Endoloop). Alguns cirurgiões utilizam um “stapler” também no coto apendicular, onerando ainda mais a intervenção. A peça poderá ser retirada pelo trocarte umbilical ou pelo trocarte localizado à esquerda.
          Quando muito volumoso, o apêndice deverá ser colocado em uma bolsa própria (Endo bag) ou improvisada com luva. Quando há inflamação organizada com coleções de pus, é feita irrigação copiosa com solução salina e deixado dreno a vácuo por 48-72 horas.
          Temos indicado a videolaparoscopia em todos os tipos de apendicite aguda, com exceção das formas retrocecais com abscesso organizado, em que é feita drenagem percutânea, pelo radiologista.
          A conversão para cirurgia aberta varia de 0,24 –0,72% e deve-se principalmente a hemorragia (0,24%), dificuldade técnica (0,72%), abscessos múltiplos (0,72%) e massa apendicular (0,24%).
          As complicações mais freqüentes da apendicectomia videolaparoscópica são o abscesso peritoneal (0,96%), sangramento (0,24%), obstrução intestinal (0,48%) e infecção da parede abdominal (0,96%).
  • APENDICITE NA CRIANÇA
          As manifestações clínicas são geralmente incaracterísticas, sendo elevadas as taxas de morbidade e mortalidade.
  • APENDICITE NA GRAVIDEZ
          O tratamento deve ser cirúrgico em todos os trimestres da gestação. Caso o diagnóstico seja retardao, apresenta elevada incidência de morte fetal e relativamente elevada morte materna.
  • APENDICITE NO IDOSO
    É bastante grave. 50 a 90% apresentam perfuração e a mortalidade é elevada devido ao diagnóstico difícil e tardio.
  • OPERAÇÃO REALIZADA POR VIDEOLAPAROSCOPIA

  • COMENTÁRIOS
          A apendicectomia videolaparoscópica é um procedimento exeqüível e seguro. Suas vantagens são: redução da intensidade da dor pós operatória, menor tempo de internação, retorno mais precoce às atividades habituais, menor morbidade – como infecção de parede, aderências e íleo paralítico – e melhor resultado cosmético. A videolaparoscopia permite ampla exploração da cavidade, o mesmo não ocorrendo com as mini incisões, quando adotadas para a apendicectomia convencional.
    Suas desvantagens, como maior custo por procedimento, treinamento e necessidade de especialização do pessoal, têm sido contornadas com a adaptação – praticamente obrigatória – dos cirurgiões s dos hospitais a essa realidade irreversível.
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